sábado, 31 de março de 2012

Toda força ao 1o ano vol 2




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quarta-feira, 28 de março de 2012

Deputada repudia, da Tribuna da Alepa, agressão à jornalista Tina Santos, pela PM em Marabá



A agressão sofrida na noite do último sábado, 24, pela jornalista Albertina Santos, a Tina Santos, no núcleo habitacional Nova Marabá, em Marabá, a 500 km de Belém, no sul do Pará, teve repercussão ontem durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado. A deputada Bernadete Ten Caten (PT-Pa), amiga particular da profissional de imprensa, se pronunciou repudiando o fato, sendo aparteada pelo líder do governo na Casa, deputado José Megale, que, em nome do Estado, condenou a ação e disse que o Governo, a Secretaria de Segurança Pública, o Comando Geral da Polícia Militar e o Sistema Integrado de Segurança Pública não compactuam com ações desse tipo. Na oportunidade também se pronunciou o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-Pa).
Na ocasião de seu pronunciamento, a deputada Bernadete Ten Caten historiou que Tina Santos é uma profissional formada, com longos anos de militância na imprensa especializada em Polícia na capital paraense, assim como em Marabá, é mãe, assessora de comunicação social da Prefeitura de Marabá, nascida na cidade Parintins, no Amazonas, e que se radicou no Estado do Pará, levando avante uma carreira jornalística de conduta ilibada, com cadeira cativa em todos os órgãos de imprensa e autarquias por onde passou.
Tina Santos, agredida covardemente pela PM: braço esquerdo quebrado.
 
Ten Caten fez, da tribuna, a leitura de um documento que recebeu, via e-mail, narrando os fatos, segundo os quais, “Tina Santos foi violentamente agredida por integrantes do Grupo Tático da PM, no sábado à noite, em Marabá. Ao pedir calma a um dos oficiais, em razão da abordagem violenta em blitz numa casa noturna ao lado de uma praça pública frequentada por pais de famílias e crianças, ela recebeu voz de prisão por “desacato”. E ela questionava com os policiais, pois eles chegaram dizendo que todos seriam revistados, porém, não havia, na guarnição, nenhum policial feminino para a revista às mulheres. O cabo V. Fernandes, para algemar e recolher ao camburão a jornalista, manietou-a e fraturou seu braço esquerdo. E o oficial – no melhor estilo anos de chumbo - ainda disse cinicamente que ela já devia ter chegado na praça com o braço quebrado. Só com a intervenção de uma militar do CIOP, a jornalista pôde ser levada ao Hospital Regional – até seu atendimento médico fora negado pelo oficial -, que ainda se deu ao desplante de registrar BO contra Tina Santos na delegacia da Nova Marabá, por desacato. O caso foi relatado em primeira mão, com detalhes, pelo jornalista e blogueiro Hiroshi Bogéa, que publicou carta aberta ao governador Simão Jatene, pedindo providências”, assim como pela jornalista Franssineti Florenzano, pelo Facebook, em postagem no dia de ontem.
Da Tribuna, a deputada Bernadete Ten Caten disse que, inicialmente, a batida policial era para ser elogiada, no entanto, com a atitude do oficial que comandou a operação, assim como do cabo V.Fernandes, que já está afastado do serviço de rua, enquanto responde ao procedimento administrativo interno que apura os fatos através do 4º Batalhão de Polícia Militar, a ação se tornou uma afronta à sociedade, já que uma cidadã, mulher e mãe, foi agredida e, o que é pior, com os policiais tentando levá-la algemada dentro de um camburão como se fosse criminosa.
Disse ainda a parlamentar que sua preocupação é com a questão da ética e do profissionalismo dos policiais civis e militares, para os quais também trabalhou no sentido de que tivessem melhoras financeiras, etc. A obrigação de cada policial, deste modo, é fazer o seu trabalho, que não o permite estar agredindo as pessoas, como foi nesse lamentável episódio e que deveria ser feita uma moção de solidariedade em favor de Tina Santos que, ainda hoje, seria operada.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Interior paraense recebeu muitos libaneses

ESPALHADOS
Que a cultura paraense é formada por aglutinação de povos, não resta dúvida. E o Orgulho de Ser do Pará tem trazido um pouco da história de cada um deles. Os libaneses formam uma importante leva de imigrantes que contribuíram para a formação da sociedade papa-chibé, ao lado de portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros.

Os libaneses chegaram ao Pará na metade do século XIX, atraídos pelo ciclo da borracha. Além de Belém, eles se deslocaram para os municípios de Cametá, Marabá, Altamira, Breves, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Santarém, Óbidos, Soure, Maracanã e Abaetutuba, entre outros. O Dieese estima que hoje vivem no Pará aproximadamente 200 mil descendentes de libaneses.
A obra “Raízes Libanesas no Pará”, do libanês Assaad Zaidan, que mora há 40 anos no estado, revela não haver município paraense sem a presença desses descendentes  que recomeçaram a vida na Amazônia. O Pará abriga a quinta maior comunidade libanesa no Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.
AVENTURA

O libanês Douraid Said saiu da cidade de Salima, região de El-Maten, no Líbano, e enfrentou uma viagem de trinta dias de navio para chegar em Santos, São Paulo, em 1958. Aos 27 anos, desembarcou ao lado da esposa Jamile, mineira filha de libaneses, com quem se casou ainda no Líbano. Em terras paraenses, Douraid chegou pouco tempo depois, primeiro em Marabá. Depois, veio para Belém, onde já tinha parentes estabelecidos.

Como muitos de seus patrícios imigrantes, Douraid Said se aventurou por cidades do interior e arredores da capital como mascate, vendendo principalmente confecções. “Meu pai ía em busca dos círios nos municípios do interior levando malas cheias de mercadorias. Onde chegava armava sua banca para vender”, revela o filho Macran Said, de 40 anos.

Segundo Assaad Zaidan, o comércio continua sendo muito exercido pelos libaneses, desde a chegada dos primeiros imigrantes ao Pará. Os mascates iniciaram essa atividade através da “mímica”, já que faltava domínio da língua portuguesa. Essas práticas ancestrais da cultura libanesa foram transmitidas de geração em geração e adequadas para cada região onde os libaneses chegavam.
>> Veja as fotos desta matéria na fanpage Orgulho do Pará no Facebook

Com o espírito empreendedor, traço marcante do imigrante libanês, Douraid Said teve prósperos resultados dos negócios no interior. Foi assim que conseguiu abrir dois comércios de tecidos em Belém. Um deles foi tradicional no Mercado de Ferro da Boulevard Castilhos França, a Casa Esperança. Esteve à frente de um grande empreendimento imobiliário, o prédio Novo Líbano, localizado na avenida Alcindo Cacela.  Também participou da fundação do conhecido Clube Monte Líbano, hoje sob a presidência do filho caçula, Macran Said. Fundado em 1962 por jovens libaneses, o clube participa de vários atividades da sociedade paraense.

Para o filho Muzaffar Said, 48, o pai é um exemplo de que os libaneses participam da formação da sociedade paraense em vários ramos, como medicina, engenharia, política, comércio, indústria e muitas outras atividades econômicas. “É característico na história do libanês ele sair da sua terra em busca de algo melhor. E onde ele chega, faz algo para crescer, participando ativamente de todos os setores da sociedade que o recebeu”, comenta Muzaffar, orgulhoso de sua ascendência.

Naturalizado brasileiro alguns anos depois de chegar, Douraid tinha grande amor pelo Brasil, mas fazia questão de cultivar alguns hábitos da cultura de origem e repassá-la aos filhos. Todos eles, apesar de brasileiros, falam a língua árabe, pois o pai exigia que o idioma fosse falado dentro de casa. Até hoje, o costume é mantido e repassado aos netos. “A cultura libanesa se fundiu com a paraense. Meu pai era apaixonado pela culinária paraense, e quando ele ia para fora do Brasil tinha orgulho de divulgar as coisas daqui”, lembra o filho Muzzafar. 

Os irmãos Muzaffar e Macran acreditam que os dois povos se identificam e criaram forte ligação pela receptividade, pela alegria e pela simpatia, comuns a ambos. Para eles, o povo paraense recebeu muito bem seus ascendentes.  “O povo libanês sempre se sentiu em casa aqui nessa terra por sua receptividade”, afirma Macran.

Sobre a hipótese de um possível confronto entre as seleções brasileira e a libanesa, se ela existisse, os brasileiros-libaneses confessam que torceriam pelo empate. Eles afirmam que, na Copa do Mundo, o Líbano vira um pedaço do Brasil, enfeitando as casas de verde e amarelo. “Como o libanês não tem seleção de futebol, elegeu a seleção brasileira pra torcer na copa porque se identifica demais com o Brasil”, revela Muzaffar.

Orgulhosos, os irmãos Said elencam vários nomes de descendentes libaneses com importante posição no estado, como o atual governador Simão Jatene e o presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, Cesar Mattar Junior.  O casamento de mais de 40 anos entre Douraid e Jamile Said, hoje com 74 anos, gerou sete filhos.

Marabá abrigou os primeiros imigrantes do Líbano

A influência libanesa na cultura brasileira é mais lembrada pela culinária. É notável a popularização do quibe, da esfirra, do tabule e da coalhada seca, principalmente com expansão das cadeias de fast-food especializadas nesse ramo. Mas há outros campos em que sua presença é marcante. O trabalho de pesquisa das raízes da imigração libanesa no Pará, reunido no livro Raízes Libanesas no Pará, do libanês Assaad Yoessef Zaidan, descreve a atuação desse povo no comércio, na indústria, na lavoura, nas escolas, nas universidades, nos hospitais, na arte, no jornalismo e na construção civil, entre outros ramos da economia.

Segundo a obra, os primeiros imigrantes libaneses que chegaram ao Pará aportaram na cidade de Marabá, entre os anos de 1890 e 1895, onde participaram ativamente na extração do látex e da construção da cidade. “Os imigrantes libaneses íam para as matas tirar látex, para os garimpos tirar diamantes, para os castanhais colher castanhas, caçando e pescando ao lado do caboclo paraense”, revela Assaad Zaidan em trecho de seu livro.

O livro também destaca a saga de várias famílias libanesas que se aventuram ao imigrarem para o Pará ,conseguiram fincar seus nomes e criar uma forte ligação com o lugar que os recebeu. A maioria delas, 36 famílias, veio da cidade de Beit Chabed, como os Gabriel, Bitar, Cury, Yamim (Emin-Amin), Makssud, Darwich, Mukarzel e Anaisse.

Com espírito aventureiro e curioso por conhecer a Amazônia, o escritor e jornalista Assaad Zaidan chegou no Pará na terceira etapa de imigração libanesa, em 1958. Nascido na cidade de Rweast el Balout, região central do Líbano, veio sozinho, com poucos recursos e sem falar uma palavra em português. Antes de aportar em terras paraenses, passou um tempo em Alagoas, onde diz ter aprendido um pouco da língua portuguesa ouvindo as músicas de Luiz Gonzaga.

Dividido entre o trabalho com representação comercial e a paixão por escrever, começou sua carreira de escritor ainda jovem, produzindo, daqui, crônicas para jornais e revistas árabes. Em 1963, publicou o primeiro livro com relatos da vida de imigrante. Desde então tem se destacado por suas obras, dez no total, em árabe e português, que reforçam os laços existentes entre a cultura libanesa e a brasileira. “Todos os meus livros foram escritos no Pará, esta terra abençoada que tão bem me amparou”, destaca Zaidan, ao confessar que hoje se considera paraense.

Membro da Associação dos Escritores Paraenses, Assaad Zaidan encontrou na literatura local inspiração para escrever em português. Dentre seus autores preferidos estão Raimundo Sobral, Benedito Monteiro e Rui Barata, de quem traduziu algumas poesias e publicou no oriente. “Aqui encontrei a liberdade para pensar e dar vazão à minha atividade literária”, revela o escritor.  

Naturalizado há 40 anos, o paraense-libanês, como ele se auto-intitula, diz ter encontrado no Pará uma terra fértil para sua produção literária e, claro, para formar sua família. Com a paraense Miriam Salgado, com quem está casado há quase 40 anos, Zaidan teve quatro filhos, sendo que apenas uma filha nasceu em São Paulo, mas todos foram criados no Pará. Depois de encaminhar os filhos, agora, aos 78 anos, ele curte os quatro netos. (Diário do Pará)

No rastro da imigração italiana


Tese de doutorado estuda a imigração italiana e sua contribuição ao desenvolvimento do Pará
Walter Pinto
Na segunda metade do século XIX, pequenos agricultores das regiões mais pobres da Itália deixaram suas províncias em busca de emprego em países da América do Norte e do Sul. Com a Europa em crise, a oferta de trabalho nas grandes plantações de café, logo após a abolição da escravatura, atraiu enorme contingente de imigrantes para o Brasil. A maioria concentrou-se no Sul e Sudeste, mas muitos vieram para a Amazônia, que começava a viver o período áureo da borracha.
A presença italiana no Sul e Sudeste do Brasil vem sendo estudada há bastante tempo nos meios acadêmicos, ao contrário do que ocorre em relação ao Norte. A história da imigração no Estado do Pará, por exemplo, ainda está para ser contada. A socióloga Marília Ferreira Emmi, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, está empenhada em fazer esse resgate por meio da pesquisa "Raízes Italianas no Pará", sua tese de doutorado, em elaboração. O objetivo central da pesquisa é levantar qual a contribuição dos imigrantes italianos ao desenvolvimento do Estado.
Abarcando oitenta anos de história, a pesquisa vai se concentrar no período de 1870 a 1950, época em que a imigração italiana ocorreu no Pará. Três segmentos distintos se destacam nesse período: os que vieram por iniciativa individual, concentrando-se, principalmente, em Belém e no Baixo Amazonas; os que vieram para as colônias agrícolas Anita Garibaldi e Ianetama, localizadas entre Castanhal e Curuçá; e o segmento religioso, formado, entre outros, por padres capuchinhos e salesianos. Vale ressaltar que durante o século XIX um importante segmento, formado por artistas, músicos, pintores e arquitetos italianos, teve presença importante na Amazônia, conforme pesquisa desenvolvida pela professora Jussara Derenji. Marília Emmi, porém, vai centrar seus estudos sobre os italianos que se dedicaram ao comércio, pertencentes ao primeiro segmento.
Os imigrantes que vieram para o Pará são predominantemente da região Sul da Itália, originários, sobretudo, da Calábria, Campania e Basilicata. Eram todos colonos, mas aqui se dedicaram ao comércio. O primeiro comércio italiano de que se tem notícia é de 1888. Ficava em Santarém e pertenceu a Miléo e Calderaro.
Eles fincaram raízes familiares em Belém, Abaetetuba, Óbidos, Oriximiná, Santarém e Alenquer. Uma resenha escrita por dois viajantes italianos informa que, em 1932, havia no Pará 54 estabelecimentos comerciais de propriedade de imigrantes italianos, dos quais 70% estavam localizados no Baixo Amazonas. A presença na região oeste do Pará era tão acentuada, que havia uma representação do consulado da Itália em Óbidos, considerada a cidade mais italiana do Estado. O consulado ficava em Recife, Pernambuco.
Investigando o fato de os colonos terem mudado radicalmente para a atividade comercial, Emmi trabalha com a hipótese da inadequação do solo amazônico, embora entre os que se estabeleceram como comerciantes existissem criadores de carneiros e de suínos, atividade tradicional no meio rural italiano. Sobre a concentração no Baixo Amazonas, a pesquisadora acredita que o comércio da borracha exerceu forte poder de atração. Eles ganharam bastante dinheiro abastecendo os regatões, mas ao contrário dos imigrantes do sul, como Matarazzo e Pinotti, não ficaram ricos.
Em Belém, os italianos se dividiram entre a atividade comercial e os pequenos serviços. Ao mesmo tempo em que trabalharam como sapateiros, ferreiros, jornaleiros e verdureiros, foram importantes no início do processo de industrialização da capital (1895). As primeiras fábricas de calçados, por exemplo, foram fundadas por Conte e Libonatti.
Segundo o censo de 1920, existia no Pará cerca de mil italianos, número que a pesquisadora considera expressivo. Ao final da Segunda Guerra, registrou-se um refluxo causado pela perseguição a alemães, japoneses e italianos. Emmi coletou depoimentos de descendentes sobre aqueles momentos de dolorosa memória. Grisólia e Oliva contam que perderam tudo no saque generalizado às lojas das famílias. Em Santa Isabel, na estrada de Bragança, um hotel de propriedade de italianos foi totalmente saqueado. Muitos voltaram para a Itália. A maioria, contudo, ficou.
Ainda há descendentes dos pioneiros em atividades comerciais no Baixo Amazonas. Dados da Associação Comercial de Oriximiná de 2002 mostram que famílias como os Florenzano, os Miléo, os Paternostro e os Savino mantêm seus comércios, embora as últimas gerações tenham se transferido para Belém para a realização dos estudos. Hoje, grande parte dos descendentes são profissionais liberais, médicos, dentistas, engenheiros, advogados etc

Representatividade, política e costumes
Entre as décadas de 1920 e 1930, os imigrantes italianos eram bastante representativos em Belém. As famílias se reuniam em duas entidades, conforme o respectivo poder aquisitivo. Havia a elitista Sociedade Italiana e a popular União Italiana. Entre as duas, uma enorme rivalidade.
Na rua Manoel Barata, em frente à antiga confeitaria Palmeira, funcionava a União Italiana.No mesmo prédio, hoje está instalada a Associação Ítalo-brasileira, entidade promotora da Festa de São Genaro, na avenida Serzedelo Correa.
Ainda na Manoel Barata, na esquina com a avenida Presidente Vargas, havia a Casa dos Italianos. Os filhos de italianos estudavam em escolas especialmente voltadas para eles. Uma delas, era a escola Dante Alighieri.
Em 1932, havia no Pará duas facções do Partido Fascista. A de Belém tinha 68 inscritos. A de Óbidos, 41. Além dos conservadores, havia os anarquistas ligados, principalmente, ao setor gráfico.
Eles se dedicaram ao comércio de gêneros alimentícios, de tecidos, de ferramentas e produtos regionais, mas também havia os que se tornaram representantes de bancos, como do Banco do Brasil e da Casa Moreira Gomes.
Os italianos que chegavam a São Paulo encontravam abrigo na Casa dos Imigrantes. Em Belém não havia uma casa similar. Os recém-chegados se hospedavam em pensões de famílias italianas. Na avenida Padre Eutíquio, a pensão da Dona Genoveva era uma das mais concorridas. Elas são as precursoras das cantinas italianas de hoje.
O primeiro grande impacto dos italianos no Pará era de ordem gastronômica, relata seus descendentes. A comida extremamente diferente era uma barreira. A maioria produzia as suas próprias massas.
Das 400 famílias do Norte da Itália programadas para as colônias Anita Garibaldi e Ianetama, em 1898, somente oitenta chegaram. Pertenciam às regiôes da Lombardia e do Veno, Norte da Itália.
Os imigrantes não tinham a preocupação de enviar dinheiro para a Itália, salvo para buscar o restante da família. Os mais abastados, no entanto, visitavam a Itália todos os anos.
Entre os comerciantes italianos, a maioria era originária da cidade de São Constantino di Rivello, na região da Basilicata. A pesquisadora do NAEA entrevistou um descendente que conheceu a cidade. Segundo ele, São Constantino é muito pequena e com poucas oportunidades de trabalho. Ainda hoje os jovens são obrigados a sair de lá quando chegam à idade escolar.

nOs imigrantes que chegaram entre 1940 e 1950 saíram da Itália por causa da Guerra. Muitos já tinham parentes no Estado. Depois desse período, a imigração chegou ao fim.

Imigração no Brasil


A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia das duas mais ricas regiões brasileiras: Sudeste e Sul.
A colonização foi o objetivo inicial da imigração no Brasil, visando ao povoamento e à exploração da terra por meio de atividades agrárias. A criação das colônias estimulou o trabalho rural. Deve-se aos imigrantes a implantação de novas e melhores técnicas agrícolas, como a rotação de culturas, assim como o hábito de consumir mais legumes e verduras. A influência cultural do imigrante também é notável.

História
A imigração teve início no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra. A tendência acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas.

Imigração portuguesa
A criação do governo-geral em 1549 atraiu muitos portugueses para a Bahia. A partir de então, a migração tornou-se mais constante. O movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno no século XVI, mas cresceu durante os cem anos seguintes e atingiu cifras expressivas no século XVIII. Embora o Brasil fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração.
A descoberta de minas de ouro e de diamantes em Minas Gerais foi o grande fator de atração migratória. Calcula-se que nos primeiros cinquenta anos do século XVIII entraram só em Minas, mais de 900.000 pessoas. No mesmo século, registra-se outro movimento migratório: o de açorianos para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazônia, estados em que fundaram núcleos que mais tarde se tornaram cidades prósperas.

Os colonos, nos primeiros tempos, estabeleceram contato com uma população indígena em constante nomadismo. Os portugueses, embora possuidores de conhecimentos técnicos mais avançados, tiveram que aceitar numerosos valores indígenas indispensáveis à adaptação ao novo meio. O legado indígena tornou-se um elemento da formação do brasileiro. A nova cultura incorporou o banho de rio, o uso da mandioca na alimentação, cestos de fibras vegetais e um numeroso vocabulário nativo, principalmente tupi, associado às coisas da terra: na toponímia, nos vegetais e na fauna, por exemplo. As populações indígenas não participaram inteiramente, porém, do processo de agricultura sedentária implantado, pois seu padrão de economia envolvia a constante mudança de um lugar para outro. Daí haver o colono recorrido à mão de obra africana.

Elemento africano
Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas.

Espanhóis, franceses, judeus
A entrada de estrangeiros no Brasil era proibida pela legislação portuguesa no período colonial, mas isso não impediu que chegassem espanhóis entre 1580 e 1640, quando as duas coroas estiveram unidas; judeus (originários, sobretudo da península ibérica), ingleses, franceses e holandeses. Esporadicamente, viajavam para o Brasil cientistas, missionários, navegantes e piratas ingleses, italianos ou alemães.

Imigração no século XIX
A imigração propriamente dita verificou-se a partir de 1808, vésperas da independência, quando instalou-se um permanente fluxo de europeus para o Brasil, que se acentuou com a fundação da colônia de Nova Friburgo, na província do Rio de Janeiro, em 1818, e a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1824. Dois mil suíços e mil alemães radicaram-se no Brasil nessa época, incentivados pela abertura dos portos às nações amigas. Outras tentativas de assentar irlandeses e alemães, especialmente no Nordeste, fracassaram completamente. Apesar de autorizada a concessão de terras a estrangeiros, o latifúndio impedia a implantação da pequena propriedade rural e a escravidão obstaculizava o trabalho livre assalariado.
Na caracterização do processo de imigração no Brasil encontram-se três períodos que correspondem respectivamente ao auge, ao declínio e à extinção da escravidão.

O primeiro período vai de 1808, quando era livre a importação de africanos, até 1850, quando decretou-se a proibição do tráfico. De 1850 a 1888, o segundo período é marcado por medidas progressivas de extinção da escravatura (Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, alforrias e, finalmente, a Lei Áurea), em decorrência do que as correntes migratórias passaram a se dirigir para o Brasil, sobretudo para as áreas onde era menos importante o braço escravo. O terceiro período, que durou até meados do século XX, começou em 1888, quando, extinta a escravidão, o trabalho livre ganhou expressão social e a imigração cresceu notavelmente, de preferência para o Sul, mas também em São Paulo, onde até então a lavoura cafeeira se baseava no trabalho escravo.
Após a abolição, em apenas dez anos (de 1890 a 1900) entraram no Brasil mais de 1,4 milhão de imigrantes, o dobro do número de entradas nos oitenta anos anteriores (1808-1888).

Acentua-se também a diversificação por nacionalidades das correntes migratórias, fato que já ocorria nos últimos anos do período anterior. No século XX, o fluxo migratório apresentou irregularidades, em decorrência de fatores externos -- as duas guerras mundiais, a recuperação europeia no pós-guerra, a crise nipônica -- e, igualmente, devido a fatores internos. No começo do século XX, por exemplo, assinalou-se em São Paulo uma saída de imigrantes, sobretudo italianos, para a Argentina. Na mesma época verifica-se o início da imigração nipônica, que alcançaria, em cinquenta anos, grande significação. No recenseamento de 1950, os japoneses constituíam a quarta colônia no Brasil em número de imigrantes, com 10,6% dos estrangeiros recenseados.

Distribuição do imigrante
Distinguem-se dois tipos de distribuição do imigrante no país, com efeitos nos processos de assimilação. Pode-se chamar o primeiro tipo de "concentração", em que os imigrantes se localizam em colônias, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesse caso, os imigrantes não mantêm contato, nos primeiros tempos, com os nacionais, mas a aproximação ocorre à medida que a colonização cresce e surge a necessidade de comercialização dos produtos da colônia. O segundo tipo, que se pode chamar de "dispersão", ocorreu nas fazendas de café de São Paulo e nas cidades, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Nessas áreas, o imigrante, desde a chegada, mantinha-se em contato com a população nacional, o que facilitava sua assimilação.
Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total. Até o fim do século XX, os portugueses aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, o que é natural, dada sua afinidade com a população brasileira. São os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Seguem-se os espanhóis, com mais de dez por cento, os alemães, com mais de cinco, e os japoneses, com quase cinco por cento do total de imigrantes.

Contribuição do imigrante
No processo de urbanização, assinala-se a contribuição do imigrante, ora com a transformação de antigos núcleos em cidades (São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias, Farroupilha, Itajaí, Brusque, Joinville, Santa Felicidade etc.), ora com sua presença em atividades urbanas de comércio ou de serviços, com a venda ambulante, nas ruas, como se deu em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Outras colônias fundadas em vários pontos do Brasil ao longo do século XIX se transformaram em importantes centros urbanos. É o caso de Holambra SP, criada pelos holandeses; de Blumenau SC, estabelecida por imigrantes alemães liderados pelo médico Hermann Blumenau; e de Americana SP, originalmente formada por confederados emigrados do sul dos Estados Unidos em consequência da guerra de secessão. Imigrantes alemães se radicaram também em Minas Gerais, nos atuais municípios de Teófilo Otoni e Juiz de Fora, e no Espírito Santo, onde hoje é o município de Santa Teresa.
Em todas as colônias, ressalta igualmente o papel desempenhado pelo imigrante como introdutor de técnicas e atividades que se difundiram em torno das colônias. Ao imigrante devem-se ainda outras contribuições em diferentes setores da atividade brasileira.

Uma das mais significativas apresenta-se no processo de industrialização dos estados da região Sul do país, onde o artesanato rural nas colônias cresceu até transformar-se em pequena ou média indústria. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, imigrantes enriquecidos contribuíram com a aplicação de capitais nos setores produtivos.
A contribuição dos portugueses merece destaque especial, pois sua presença constante assegurou a continuidade de valores que foram básicos na formação da cultura brasileira.

Os franceses influíram nas artes, literatura, educação e nos hábitos sociais, além dos jogos hoje incorporados à lúdica infantil. Especialmente em São Paulo, é grande a influência dos italianos na arquitetura. A eles também se deve uma pronunciada influência na culinária e nos costumes, estes traduzidos por uma herança na área religiosa, musical e recreativa.
Os alemães contribuíram na indústria com várias atividades e, na agricultura, trouxeram o cultivo do centeio e da alfafa. Os japoneses trouxeram a soja, bem como a cultura e o uso de legumes e verduras. Os libaneses e outros árabes divulgaram no Brasil sua rica culinária.

Imigração e Imigrantes


História da Imigração no Brasil, os imigrantes italianos, espanhóis, alemães, portugueses etc. A formação da cultura brasileira, indústria e agricultura no Brasil do século XIX.
história da imigração e imigrantes Italianos chegando de trem na Hospedaria dos Imigrantes ( São Paulo - SP)
O que é imigrar
Imigrar, no sentido da palavra propriamente dita, significa entrar em um país que não é o seu de origem para ali viver ou passar um período de sua vida.
História da imigração no Brasil
Podemos considerar o início da imigração no Brasil a data de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Porém, a imigração intensificou-se a partir de 1818, com a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para cá durante a regência de D. João VI. Devido ao enorme tamanho do território brasileiro e ao desenvolvimento das plantações de café, a imigração teve uma grande importância para o desenvolvimento do país, no século XIX.
Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil
Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.  No ano de 1908, começou a imigração japonesa com a chegada ao Brasil do navio Kasato Maru, trazendo do Japão 165 famílias de imigrantes japoneses. Estes também buscavam os empregos nas fazendas de café do oeste paulista.
Todos estes povos vieram e se fixaram no território brasileiro com os mais variados ramos de negócio, como por exemplo, o ramo cafeeiro, as atividades artesanais, a policultura, a atividade madeireira, a produção de borracha, a vinicultura, etc. 
Atualmente, observamos um novo grupo imigrando para o Brasil: os coreanos. Estes não são diferentes dos anteriores, pois da mesma forma, vieram acreditando que poderão encontrar oportunidades aqui que não encontram em seu país de origem. Eles se destacam no comércio vendendo produtos dos mais variados tipos que vai desde alimentos, calçados, vestuário (roupas e acessórios) até artigos eletrônicos. 
Embora a imigração tenha seu lado positivo, muitos países, como por exemplo, os Estados Unidos, procuram dificultá-la e, sempre que possível, até mesmo impedi-la, para, desta forma, tentar evitar um crescimento exagerado e desordenado de sua população. Cada vez mais medidas são adotadas com este propósito e uma delas é a dificuldade para se obter um visto americano no passaporte.
Conclusão: O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.
Você sabia?
- Comemora-se em 25 de junho o Dia do Imigrante.
- Comemora-se em 21 e fevereiro o Dia Nacional do Imigrante Italiano.

- Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram morar no Brasil.
- Existe um Memorial do Imigrante (museu) situado no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, destinado à pesquisas e exposições sobre o tema da imigração.

Aprenda a fazer uma horta orgânica

Horta orgânica: comida saborosa, saudável e sustentável.
Cultivar uma horta orgânica, independente do tamanho e da variedade de alimentos plantados, é sempre bom. Bom para a saúde e o bem-estar da família, que irá ingerir alimentos mais saudáveis e livres e agrotóxicos, e também para o meio ambiente, que deixará de receber produtos químicos e ter seus recursos naturais, como solo e água, explorados de forma insustentável. Fazer uma horta em casa aumenta o seu contato com a natureza e economiza nas feiras e supermercados.
É preciso ficar atento e tomar alguns cuidados na hora de montar a sua horta. Elas podem ser feitas em todos os tipos de casa e apartamentos, só precisam ser adaptadas ao espaço e aos recursos disponíveis.
Preparativos
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Confira o clima, o solo, o local de plantio e as espécies antes de começar sua horta/Foto: Almargem
Antes de iniciar sua horta, fique atento aos seguintes fatores:
Clima – ele é determinante na adaptação de certas culturas e deve ser levado em consideração na seleção de variedades. As diferenças entre estações, quanto à temperatura e volume de chuva devem ser verificados, servindo como base para um calendário de épocas de plantio.
Solo - muita atenção ao tipo e cuidado do solo. O solo é considerado um organismo vivo, que interage com a vegetação em todas as fases de seu ciclo de vida. Devem ser analisados em seus aspectos físico (textura e estrutura), químico (nutrientes) e biológico (organismos vivos existentes no solo).
Local – o lugar da instalação da horta tem de ser de fácil acesso, maior insolação possível, água disponível em quantidade e próxima ao local. Não devem ser usados terrenos encharcados. Os canteiros devem ser feitos na direção norte-sul, ou voltados para o norte para aproveitar melhor o sol. No local da horta não é aconselhavel a entrada de galinhas, cachorros ou coelhos.
Espécies – escolha com cuidado o tipo de vegetal que você irá plantar. Cada espécie precisa de um tipo de tratamento e possui um ciclo de crescimento próprio. Informe-se na hora de comprar as mudas e sementes e verifique se aquele tipo irá se adequar à sua horta.
Dentro de casa
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Dentro de casa, prefira os vasos e as espécies menores, como temperos/Foto: Drang
Para montar uma horta em espaços pequenos, como apartamentos, prefira os vasos. Eles podem ser de qualquer tamanho, apenas assegure-se de só plantar espécies que irão se adaptar ali.
Passo a passo:
1. Escolha um vaso com furos;
2. Encha um terço do vaso com brita ou pó de brita, para a drenagem;
3. Coloque uma mistura de duas partes de terra, uma parte de composto orgânico e uma parte de húmus até a borda do vaso;
4. Espalhe um pouco de areia;
5. Plante as mudas;
Em espaços médios
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Use sempre adubos orgânicos, como os compostos/Foto: terracotabolsas
Se você dispõe de um espaço um pouco maior, pode plantar as espécies diretamente na terra, em um canteiro. Você pode cultivar os mesmo alimentos indicados para os vasos, além de outros, que precisam de mais espaço.
Passo a passo:
1. Revolver o solo com enxada ou pá, deixando a terra bem solta e fofa;
2. Misturar o composto orgânico;
3. Deixar o canteiro 20 centímetros acima do nível do terreno;
4. A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,20 m;
5. Marcar os espaçamentos (exemplo: os pés de alface devem ficar a dois palmos um do outro);
6. Posicionar as mudas de maneira intercalada, em forma de triângulo, para evitar a erosão;
7. Misturar as sementes com areia e espalhar com a mão sobre o canteiro de maneira mais uniforme possível;
8. Regar pelo menos uma vez ao dia. Em regiões quentes, duas vezes ao dia até as mudas emergirem. Regar nas horas frescas, de preferência pela manhã.
Em espaços grandes
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Hortas grandes exigem mais cuidados, mas a recompensa pode ser grande/Foto: blog visão
Se você possui uma área maior, como um terreno ou um amplo quintal, pode fazer uma horta mais estruturada e com maior variedade de alimentos. Essas dão mais trabalho, mas certamente você será compensado.
Passo a passo:
1. Monte a sua horta orgânica em uma área sem muito movimento. Se você tiver animais, coloque uma cerca de bambu, madeira ou outro material para que eles não entrem.  Escolha um lugar que receba muito sol. Se você mora em uma região seca, é preciso ter uma fonte de água próxima.
2. Limpe a área que será plantada. Você precisa tirar as ervas, o capim, as plantas velhas e as pedras. Aproveite esses resíduos naturais para produzir seu próprio adubo natural.
3. Are a terra quando tiver limpado o terreno. Use enxada ou arado para remover bem. A terra deve estar úmida para ser arada.
4. Coloque o composto orgânico na terra para que ela seja mais fértil e as frutas, verduras e legumes cresçam facilmente. Espalhe uma camada de 4 cm de adubo e misture bem com a terra da superfície.
5. Para plantar, faça um desenho da sua horta. Informe-se sobre como cresce cada fruta, verdura e legume que você pretende plantar, como eles devem ser agrupados e qual é a distância necessária entre eles para um bom crescimento.
6. Faça sulcos a cada 30 cm, que atravessem a horta inteira. Isso organizará suas frutas e verduras e permitirá que você se desloque sem problemas pela plantação. Coloque tijolos, pedras ou madeiras dentro desses sulcos para poder andar sem pisar nas plantas.
7. Siga as instruções das embalagens das sementes. Informe-se sobre o crescimento e agrupe-as de acordo com as informações que você obteve ou as indicações de um especialista.
8. Proteja a sua horta contra pragas e insetos. Remova as ervas-daninhas que crescerem entre as plantas, já que elas absorvem a água que a sua horta precisa para crescer.
Dicas:
  • Se o seu terreno é muito argiloso, acrescente areia junto com o adubo, para ele ficar mais permeável à água.
  • A irrigação é fundamental para um bom crescimento. O sistema por gotejamento é o ideal.
  • Você pode colocar palha nos sulcos para evitar o crescimento de ervas-daninhas.
  • Os tempos de crescimento de cada verdura, cada fruta e cada legume são diferentes, assim como as estações do ano em que cada um deve ser plantado. Informe-se bem a respeito e confira a tabela abaixo para saber quando plantar cada muda.
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DOM ELISEU--ESCOLA LEOPOLDO CUNHA: HORTA ESCOLAR - UM BEM NECESSÁRIO






Introdução


A horta escolar tem como foco principal integrar as diversas fontes e recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando fonte de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte dos educadores e educandos envolvidos.

O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidade das formas de aprender.

Objetivos:


Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;

Identificar técnicas de manuseio do solo e manuseio sadio dos vegetais;
Conhecer técnicas de cultura orgânica;
Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;
Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;
Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;
Conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem como nomeá-los corretamente;
Cooperar em projetos coletivos;
Buscar informações em diferentes fontes de dados para propor avanços a desenvolvimento de técnicas;
Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares;
Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde;

Instalação e Manejo da Horta

A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.


Critérios para escolha do local para implantação da Horta


Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.


Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante para a horta.


Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.


Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).


Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo de água.



Materiais necessários


Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:


 Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado

 Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas
 Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações.
 Garfo – coleta de mato e folhagem
 Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das crianças
 Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas.

Semeadura ou Plantio


1) Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável. Como regra, a profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas dependerá do tamanho da semente. A sementeira deve ser previamente umedecida e ser mentida úmida com regas pela manhã e tarde.



2) Transplante – O transplante é feito após as mudas apresentarem 4 a 6 folhas. Observar que a sementeira deverá ser molhada para a retirada das mudas.




Seleção de Hortaliças para Plantio


Classificação segundo o consumo (alguns exemplos):


a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho, acelga;

b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo, abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;
d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;
e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.


Manejo da Horta


Serão levadas a efeito no manejo da horta:


 Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua efetivação;

 Retirar plantas invasoras;
 Afofar a terra próxima ás mudas;
 Completar nível de terra em plantas descobertas;
 Observar fitossanidade da horta (insetos e pragas, fungos, bactérias e vírus);

Colheita e Higienização


A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras.


Consumo


A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar reforçando a alimentação das crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes.


Responda:
FAÇA UM BREVE LEVANTAMENTO DAS VERDURAS E LEGUMES QUE PODERÃO SER PLANTADOS NA SUA ESCOLA E QUE PODERÃO SER UTILIZADOS NA MERENDA ESCOLAR.



EXERCÍCIO

1) Reuna os funcionários da sua escola, os alunos e, se possível, a comunidade escolar, escolha um local ensolarado e façam, pelo menos 1 canteiro, plante nele cheiro verde (cebolinha, salsa e coentro, se quierem poderão ampliar este horizonte. regue tudo e faça um relatório, desde a escolha do local até o processo final da confecção do canteiro.

Obs.: CAso não haja espaço, poderá usar caixotes de madeira ou outro recipiente para o plantio.