sábado, 19 de janeiro de 2013

PRÉ-TTC DE LINGUISTICA


uab.jpgSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
FACULDADE DE LETRAS - FALE
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS –HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA- MODALIDADE A DISTÂNCIA

DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC



VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DO BAIRRO SÃO PAULO EM DOM ELISEU-PA.




Dom Eliseu
2013
uab.jpgSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
FACULDADE DE LETRAS - FALE
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS –HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA- MODALIDADE A DISTÂNCIA

DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC




REGIANE MARIA GOMES DE SOUSA
RONALDO DA CONCEIÇÃO SOUSA


 Introdução
Nosso país tem proporções continentais, e devido a isso, temos em cada região povos diferentes em características físicas, culturais e linguísticas. Normalmente já temos variações da forma de escrever e falar, devido ao convívio social e costumes regionais que ainda podem ser dividido nos níveis padrão formal e o informal.
É semelhante a linguagem correta da escrita formal, obedecendo a regras gramaticais de modo geral. Poucos se utilizam dessa forma todo o tempo, até porque cada ocasião também pode influenciar na forma de linguagem para a comunicação, representa o estilo mais utilizado, porém pode contar bastantes erros de regras gramaticais e usar gírias e sotaques regionais.
Em se tratando de Dom Eliseu as variações linguísticas podem ser influenciadas por diversos fatores, entre eles, é perceptível a miscigenação regional e cultural, O município foi formado na década de 70 por pessoas advindas de outros estados e até outros países, influenciado pelo avanço da indústria madeireira e a ascensão comercial local. Pessoas que possuem um nível monetário menor, geralmente tem também um nível educacional fraco, e por isso, tendem a pronunciar palavras de forma errada, ou até mesmo utilizar palavras sem coerência e sem o entendimento correto de seu significado, além de utilizar-se de gírias e palavras com significados específicos de sua realidade social. A idade de uma pessoa e até um dado bairro em Dom Eliseu também tem influência nessa variação linguística.
Este trabalho apresenta um estudo semântico – lexical da fala dos moradores da Vila São Paulo, bairro de Dom Eliseu – PA, com o objetivo de descrever, identificar, mapear e analisar a realidade linguística de uma comunidade, de acordo, com enfoque prioritário na identificação das diferenças semântico-lexicais, considerada na perspectiva geolinguística, que tem marcado as preocupações dos estudiosos da dialetologia, da sociologia e de outras áreas afins. Nesse contexto esta Monografia quer constituir o resultado de uma pesquisa de base-semântico-lexical, que terá como foco principal a observação da língua falada pelos moradores da Vila São Paulo, bairro que constitui o município de Dom Eliseu, no estado do Pará.
 
Palavras-chave
Linguagem, variação, influência, cultura, miscigenação, sotaques, gírias.




Objetivos gerais
O projeto Variações Linguísticas da Vila São Paulo, Dom Eliseu, tem por objetivo compreender as diversidades linguísticas existentes no bairro citado, como também, valorizar essa riqueza cultural. Dessa forma, socializamo-o com aqueles que têm curiosidades em compreender as variedades de falares de uma macro e/ou microrregião, formada por uma grande miscigenação cultural, como é o caso deste bairro e de toda a Dom Eliseu.

 Objetivos Específicos
Este projeto visa conhecer como moradores deste bairro se comportam em situações comunicativas com outros moradores de bairros distintos da mesma cidade, como também saber até que ponto o diálogo entre ambos permanece estabelecido, ou seja, como essa mescla portuguesa, recheada de regionalismo, uma vez que a localidade é composta de pessoas de variadas regiões do paraense e até de outros estados, muitas vezes com sotaques estrangeiros, pode influenciar em todas as situações comunicantes.

Justificativa
Saussure introduziu a linguística como ciência. Chomsky, a partir da Gramática Gerativo-transformacional, incentivou a criatividade, podendo o falante criar um número infinito de frases nunca antes pronunciadas.  Já Bakhtin aborda o princípio da variabilidade linguística enfatizando a ideia de que as palavras não dizem sempre a mesma coisa.

O tema deste projeto é de suma importância não só para moradores do bairro Vila São Paulo, como também para toda comunidade Domeliseuense. As variações linguísticas podem ser apreendidas por meio de sua história no tempo e no espaço. Assim, além do português padrão, em Dom Eliseu, há outras multiplicidades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser engrandecidos no dialeto dos moradores do bairro citado, exatamente pelo fato de que se trata de um bairro formado a partir de invasão.
O professor Orlando Cassique Sobrinho Alves, do Departamento de Língua e Literatura Vernácula da UFPA (Universidade Federal do Pará).  Lembra que ainda há dois outros dialetos específicos no Pará. “O da zona bragantina, que era uma antiga estrada de ferro que ligava o estado do Pará com a cidade de Bragança, próxima do Nordeste”. Esse dialeto da zona bragantina é também um dialeto tradicional do Pará, historicamente representativo e é falado por pessoas que ajudaram a construir o estado.

Sabe-se que a variação linguística, vem sendo muito debatida principalmente nos meios sociais, os usuários dessa variação sofre um grande preconceito linguístico. Esse preconceito leva à discriminação causando problemas de interação entre os interlocutores.

Em "Preconceito Linguístico", Marcos Bagno afirma que, no que diz respeito ao ensino do português no Brasil, o grande problema é que esse ensino é até hoje voltado para a norma linguística de Portugal.
Portanto, este projeto de variação linguística visa levar os moradores da Vila São Paulo, a perceberem o uso da língua padrão e as particularidades na sua forma oral e escrita.
Em uma visita a Belém, o professor de língua portuguesa, Pasquale Cipro Neto, afirmou que o dialeto de Belém é semelhante ao de Lisboa. Essa maneira de falar existe no Pará desde meados da década de 70, quando houve uma maciça migração de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, eles vieram atraídos com a descoberta da maior reserva de minério do planeta e pela oferta em abundância de terras baratas.
Não só em Belém, mas em várias localidades que, mas tarde se emanciparam como no caso de Dom Eliseu, essa mistura cultural é percebida até nos dias de hoje.

Metodologia

Por meio de elementos teóricos de geografia linguística, delimitaremos a área da Vila São Paulo para a aplicação de um questionário, em um ponto linguístico, de base semântico-lexical na perspectiva de traçar o perfil de uma dada língua, buscando valores capazes de correlacionar os fatos linguísticos e fatores socialmente definidos. 

Este trabalho apresenta um estudo semântico – lexical da fala dos moradores da Vila São Paulo – Dom Eliseu – PA, com o objetivo de descrever, identificar, mapear e analisar a realidade linguística daquela comunidade, de acordo com um recorte geográfico, com enfoque prioritário na identificação das diferenças semântico-lexicais, considerada na perspectiva geolingüística, que tem marcado as preocupações dos estudiosos da dialetologia, da sociologia e de outras áreas afins. Nesse contexto esta Monografia quer constituir o resultado de uma pesquisa de base-semântico-lexical, que terá como foco principal a observação da língua falada pelos moradores da Vila São Paulo, bairro do município de Dom Eliseu, no estado do Pará.

Este tipo de estudo é necessário por fundamentar e embasar um trabalho mais amplo de descrição do português falado no Brasil, considerando-se as tendências linguísticas atuais, que têm, na língua em uso, seu objetivo de análise. Esta descrição se constitui, portanto, em substancial contribuição para o entendimento da língua e de suas variantes, eliminando visões destorcidas que privilegiam o variante padrão. Sem desconhecer a importância de outros ramos dos estudos linguísticos e sem querer minimizar o papel de cada um deles, neste momento da história, é urgente que se enfrente a descrição da realidade linguística brasileira no seu plano geográfico.

Bibliografia

 ALVES, Orlando Cassique Sobrinho, do Departamento de Língua e Literatura Vernácula da UFPA (Universidade Federal do Pará).
CHOMSKY, Noam. Aspectos da Teoria da Sintaxe. Cambridge: The MIT Press,
1965.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Lingüística Geral. 24 ed .. São Paulo: Cultrix,
1916.
BAKHTIN, Mikhail. 2003. Estética da Criação Verbal (trad. Paulo Bezerra). 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes.

PRÉ-TTC DE LINGUISTICA


uab.jpgSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
FACULDADE DE LETRAS - FALE
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS –HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA- MODALIDADE A DISTÂNCIA

DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC








VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DO BAIRRO SÃO PAULO EM DOM ELISEU-PA.













Dom Eliseu
2013
uab.jpgSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
FACULDADE DE LETRAS - FALE
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS –HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA- MODALIDADE A DISTÂNCIA

DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC




REGIANE MARIA GOMES DE SOUSA
RONALDO DA CONCEIÇÃO SOUSA









 Introdução
Nosso país tem proporções continentais, e devido a isso, temos em cada região povos diferentes em características físicas, culturais e linguísticas. Normalmente já temos variações da forma de escrever e falar, devido ao convívio social e costumes regionais que ainda podem ser dividido nos níveis padrão formal e o informal.
É semelhante a linguagem correta da escrita formal, obedecendo a regras gramaticais de modo geral. Poucos se utilizam dessa forma todo o tempo, até porque cada ocasião também pode influenciar na forma de linguagem para a comunicação, representa o estilo mais utilizado, porém pode contar bastantes erros de regras gramaticais e usar gírias e sotaques regionais.
Em se tratando de Dom Eliseu as variações linguísticas podem ser influenciadas por diversos fatores, entre eles, é perceptível a miscigenação regional e cultural, O município foi formado na década de 70 por pessoas advindas de outros estados e até outros países, influenciado pelo avanço da indústria madeireira e a ascensão comercial local. Pessoas que possuem um nível monetário menor, geralmente tem também um nível educacional fraco, e por isso, tendem a pronunciar palavras de forma errada, ou até mesmo utilizar palavras sem coerência e sem o entendimento correto de seu significado, além de utilizar-se de gírias e palavras com significados específicos de sua realidade social. A idade de uma pessoa e até um dado bairro em Dom Eliseu também tem influência nessa variação linguística.
Este trabalho apresenta um estudo semântico – lexical da fala dos moradores da Vila São Paulo, bairro de Dom Eliseu – PA, com o objetivo de descrever, identificar, mapear e analisar a realidade linguística de uma comunidade, de acordo, com enfoque prioritário na identificação das diferenças semântico-lexicais, considerada na perspectiva geolinguística, que tem marcado as preocupações dos estudiosos da dialetologia, da sociologia e de outras áreas afins. Nesse contexto esta Monografia quer constituir o resultado de uma pesquisa de base-semântico-lexical, que terá como foco principal a observação da língua falada pelos moradores da Vila São Paulo, bairro que constitui o município de Dom Eliseu, no estado do Pará.


Palavras-chave
Linguagem, variação, influência, cultura, miscigenação, sotaques, gírias.




Objetivos gerais
O projeto Variações Linguísticas da Vila São Paulo, Dom Eliseu, tem por objetivo compreender as diversidades linguísticas existentes no bairro citado, como também, valorizar essa riqueza cultural. Dessa forma, socializamo-o com aqueles que têm curiosidades em compreender as variedades de falares de uma macro e/ou microrregião, formada por uma grande miscigenação cultural, como é o caso deste bairro e de toda a Dom Eliseu.

 Objetivos Específicos
Este projeto visa conhecer como moradores deste bairro se comportam em situações comunicativas com outros moradores de bairros distintos da mesma cidade, como também saber até que ponto o diálogo entre ambos permanece estabelecido, ou seja, como essa mescla portuguesa, recheada de regionalismo, uma vez que a localidade é composta de pessoas de variadas regiões do paraense e até de outros estados, muitas vezes com sotaques estrangeiros, pode influenciar em todas as situações comunicantes.











Justificativa
Saussure introduziu a linguística como ciência. Chomsky, a partir da Gramática Gerativo-transformacional, incentivou a criatividade, podendo o falante criar um número infinito de frases nunca antes pronunciadas.  Já Bakhtin aborda o princípio da variabilidade linguística enfatizando a ideia de que as palavras não dizem sempre a mesma coisa.

O tema deste projeto é de suma importância não só para moradores do bairro Vila São Paulo, como também para toda comunidade Domeliseuense. As variações linguísticas podem ser apreendidas por meio de sua história no tempo e no espaço. Assim, além do português padrão, em Dom Eliseu, há outras multiplicidades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser engrandecidos no dialeto dos moradores do bairro citado, exatamente pelo fato de que se trata de um bairro formado a partir de invasão.
O professor Orlando Cassique Sobrinho Alves, do Departamento de Língua e Literatura Vernácula da UFPA (Universidade Federal do Pará).  Lembra que ainda há dois outros dialetos específicos no Pará. “O da zona bragantina, que era uma antiga estrada de ferro que ligava o estado do Pará com a cidade de Bragança, próxima do Nordeste”. Esse dialeto da zona bragantina é também um dialeto tradicional do Pará, historicamente representativo e é falado por pessoas que ajudaram a construir o estado.

Sabe-se que a variação linguística, vem sendo muito debatida principalmente nos meios sociais, os usuários dessa variação sofre um grande preconceito linguístico. Esse preconceito leva à discriminação causando problemas de interação entre os interlocutores.

Em "Preconceito Linguístico", Marcos Bagno afirma que, no que diz respeito ao ensino do português no Brasil, o grande problema é que esse ensino é até hoje voltado para a norma linguística de Portugal.
Portanto, este projeto de variação linguística visa levar os moradores da Vila São Paulo, a perceberem o uso da língua padrão e as particularidades na sua forma oral e escrita.
Em uma visita a Belém, o professor de língua portuguesa, Pasquale Cipro Neto, afirmou que o dialeto de Belém é semelhante ao de Lisboa. Essa maneira de falar existe no Pará desde meados da década de 70, quando houve uma maciça migração de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, eles vieram atraídos com a descoberta da maior reserva de minério do planeta e pela oferta em abundância de terras baratas.
Não só em Belém, mas em várias localidades que, mas tarde se emanciparam como no caso de Dom Eliseu, essa mistura cultural é percebida até nos dias de hoje.





























Metodologia

Por meio de elementos teóricos de geografia linguística, delimitaremos a área da Vila São Paulo para a aplicação de um questionário, em um ponto linguístico, de base semântico-lexical na perspectiva de traçar o perfil de uma dada língua, buscando valores capazes de correlacionar os fatos linguísticos e fatores socialmente definidos. 

Este trabalho apresenta um estudo semântico – lexical da fala dos moradores da Vila São Paulo – Dom Eliseu – PA, com o objetivo de descrever, identificar, mapear e analisar a realidade linguística daquela comunidade, de acordo com um recorte geográfico, com enfoque prioritário na identificação das diferenças semântico-lexicais, considerada na perspectiva geolingüística, que tem marcado as preocupações dos estudiosos da dialetologia, da sociologia e de outras áreas afins. Nesse contexto esta Monografia quer constituir o resultado de uma pesquisa de base-semântico-lexical, que terá como foco principal a observação da língua falada pelos moradores da Vila São Paulo, bairro do município de Dom Eliseu, no estado do Pará.

Este tipo de estudo é necessário por fundamentar e embasar um trabalho mais amplo de descrição do português falado no Brasil, considerando-se as tendências linguísticas atuais, que têm, na língua em uso, seu objetivo de análise. Esta descrição se constitui, portanto, em substancial contribuição para o entendimento da língua e de suas variantes, eliminando visões destorcidas que privilegiam o variante padrão. Sem desconhecer a importância de outros ramos dos estudos linguísticos e sem querer minimizar o papel de cada um deles, neste momento da história, é urgente que se enfrente a descrição da realidade linguística brasileira no seu plano geográfico.








Bibliografia

 ALVES, Orlando Cassique Sobrinho, do Departamento de Língua e Literatura Vernácula da UFPA (Universidade Federal do Pará).
CHOMSKY, Noam. Aspectos da Teoria da Sintaxe. Cambridge: The MIT Press,
1965.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Lingüística Geral. 24 ed .. São Paulo: Cultrix,
1916.
BAKHTIN, Mikhail. 2003. Estética da Criação Verbal (trad. Paulo Bezerra). 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes.